Em meados dos anos 1990, em visita a uma escola de periferia da região metropolitana de São Paulo, uma professora disse-me que não gostava da promoção da qualidade. Ela tinha um motivo familiar para não gostar.
Seu irmão foi demitido da fábrica de automóveis Volkswagen e havia três anos que ele estava sentado à porta da empresa esperando recuperar seu emprego.
Para competir em mercado internacional, as empresas brasileiras se modernizavam. Era época de grande expansão de novas tecnologias. Um robô havia ocupado o lugar do irmão da professora.
Na época, eu já atendia inúmeras empresas, escolas e comunidades que começam a utilizar minhas obras sobre 5S.
Inspirando na história do irmão da professora e em diversas outras histórias, desenhei este quadrinho na cartilha O Fantasma do Desemprego, publicada em 1996. O quadrinho mostra a resistência à mudança que comprometeu a vida de muita gente. Nas páginas da cartilha, mostrei o efeito dessa atitude, as dificuldades e, finalmente, a reação.
O Fantasma do Desemprego é apresentado como um aliado. Ele é como um despertador, que não nos deixa cochilar fora de hora. Precisamos saber ler seus sinais. Sabendo o que faz aparecer o Fantasma do Desemprego, podemos nos proteger, mantendo nossa empregabilidade em dia.
Quem se cuidou naquela época está bem adaptado a esse novo mundo, podendo orientar seus filhos e netos para novas rodadas de convívio positivo com o Fantasma do Desemprego.
Pessoas formadas para atuação positiva vão orientar a inteligência artificial para o cuidado dos seres vivos.
A melhor empregabilidade é a que agrega valor sem prejudicar a biodiversidade.