O 5S surgiu no Japão para dar um jeito na bagunça do passado, os efeitos da guerra. 

Na orientação que chamo de Projeto Pedagógico Viver 5S, o 5S tem forte foco no presente e, especialmente, para o futuro. Assim foi nos anos 1990. Naquela época, o futuro prometido era bem diferente de o que havia sido nas décadas anteriores. Graças às novas tecnologias, como os computadores pessoais e a automatização nas empresas.

Qual é o papel do 5S nessa situação? 

O papel do 5S é avaliar o que é útil e saudável em cada nova tecnologia ofertada. Especialmente com os Sensos de Utilização e Saúde, escolhemos o que vai agregar valor; evitamos investimento em o que teria muito custo e pouco benefício. Desse modo, há melhoria contínua e controlamos desperdícios com as novidades ofertadas.

Em 2023, tivemos uma grande novidade: a Inteligência Artificial.

A Inteligência Artificial se tornou popular e acessível até para criança e adolescente. A Inteligência Artificial pode fazer com facilidade o que seres humanos precisaram de muito esforço para aprender. Por exemplo, criar histórias e escrever.

Vou usar esse exemplo bastante comum, de criar histórias e escrever, para demonstrar a importância do 5S na avaliação dos efeitos da Inteligência Artificial. Com o Senso de Utilização e o Senso de Saúde, anotamos os pontos saudáveis e não saudáveis de usar a Inteligência Artificial nessa tarefa, deixando de usar o nosso cérebro.

Conseguir o texto escrito em poucos segundos pode ser considerado saudável por não provocar estresse no esforço de criá-lo.

Não é saudável por não exercitar o cérebro, comprometendo a criatividade e a inteligência das pessoas. 

Com essa consciência promovida pelos Sensos de Utilização e Senso de Saúde, podemos até deixar para a Inteligência Artificial criar e escrever textos. Desde que exercitemos nossa criatividade em outras situações. Por exemplo, ler o texto criado pela Inteligência Artificial e pesquisar mais para verificar sua coerência, criar melhorias nesse texto, formar outros conhecimentos. 

Resumindo, é tomar como princípio que a Inteligência Artificial não deve substituir nossa vida humana. A Inteligência Artificial deve ser aplicada para realizar aquilo que é penoso para o ser humano. Assim, temos oportunidade de viver e trabalhar como essencialmente seres vivos e não como máquinas repetidoras.

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